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Estresse de Final de Ano na Escola

por Vivien Rose Bock

Inicia-se novembro, mais um mês e terminou o ano.

Costumo dizer que é a época de maior nível de estresse escolar pois resultados começam a se definir, fracassos e vitórias se configuram, é a reta final para consolidar o que se construiu durante todo o ano.

A síndrome de Burnout chega no seu auge, pois além do acúmulo do trabalho cotidiano somam-se a ansiedade e pressão dos alunos e suas famílias para alcançar a média mínima necessária para “passar de ano”, quem fica em recuperação, quem já não tem mais chance… como se este resultado dependesse apenas da boa vontade docente.

Por outro lado, é a premência de fechar as notas, as listas de presença, os relatórios exigidos pela secretaria, pela coordenação, pelo SOE.

E se não bastassem os aspectos anteriores, nas escolas privadas, há a dúvida da permanência no emprego no ano que vem. É nesse período que “a dança das cadeiras” dos profissionais da Educação começa. Quem será demitido, quem mudará de função, quem lecionará em outro nível?

A síndrome de Burnout ou síndrome de esgotamento profissional é um tipo de estresse ocupacional que acomete profissionais que trabalham com um tipo de cuidado, havendo uma relação direta, contínua e altamente emocional com outras pessoas.

Como sintomas mais comuns estão:

  1. Exaustão emocional que é a sensação de esgotamento tanto físico como mental, sentimento de não dispor mais de energia para absolutamente nada;

  2. Despersonalização, que resulta em contato frio e impessoal com os alunos passando de cinismo e ironia à total indiferença e a

  3. Reduzida realização profissional, o tão frequente sentimento de insatisfação com as atividades laborais, baixa autoestima, desmotivação.

E é justamente neste cenário que se faz necessária a intervenção do psicólogo escolar junto ao corpo docente, funcionários e equipe diretiva da escola. Sabe-se que “o suporte social adequado no trabalho está associado com maior satisfação do profissional e são os vínculos estabelecidos entre os colegas de trabalho que permitem que o professor se proteja do desgaste cotidiano da docência”. (Sortto & Ramos, 1999). Portanto, principalmente neste período de final de ano, a melhor defesa contra Burnout consiste no fortalecimento da cooperação grupal entre os professores e demais funcionários escolares. Neste sentido, pode-se propor técnicas de dinâmica de grupo que reforcem a união grupal e o cuidado de todos com todos para a diminuição do estresse. Além do sentimento grupal, pode-se incluir exercícios de meditação e mindfullness que auxiliam no alívio da pressão a nível pessoal.

Penso também ser importante o psicólogo escolar se fazer presente individualmente, tendo uma palavra de incentivo a cada docente e funcionário, colocando-se à disposição para ouvir e pensar conjuntamente sobre alguma situação mais difícil (e neste período há várias) de resolver.

Enfim, é mais do que nunca o momento de unir energias e ser o continente das reflexões dos fracassos e vitórias do final do ano letivo.

Para entender melhor os impactos e a prevenção da Síndrome de Burnout, veja nossos curso de Professor como Pessoa e Profissional, Formação em Psicologia Escolar EAD ou a Especialização de Gestão em Psicologia Escolar

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