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Ensinar: exercício de imortalidade

“Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naquele cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor, assim, não morre jamais…”  (Rubem Alves)

O exercício da mediação dos processos de aprendizagem é o que, em diversos aspectos, nos capacita e nos insere nas mais abstratas camadas da cultura. Boa parte de tais mediações são promovidas pelo sistema escolar, e têm como figura principal o professor. É preciso entender que estes processos também atravessam e são atravessados pela afetividade das relações: negar ou gerenciar mal tais processos originam um mal estar comum a todos os envolvidos.

As descobertas da infância e da adolescência, a curiosidade genuína acerca de si e acerca do mundo, estão presentes na escola e são o motor de seu funcionamento. Acontece que, como todo processo, tende a passar do caos ao cosmos, e esta tarefa não é simples. Quando o desafio surge, a quem aquele caos incomoda? Como manejar a diversidade presente em uma sala de aula para que todos sejam capazes de aprender de forma significativa, entendendo os arranjos e composições que surgem do caos e ganham sentido no cosmos? É também sobre como entender a si mesmo e sobre o outro, em relação com o outro, para ter parâmetros de si. O professor precisa estar ciente disto, ser relembrado disto, para que sua prática dê movimento ao engenho próprio; de outra maneira, apenas contribuirá com o movimento estereotipado das engrenagens de uma prática morna.

Quanto mais souber dele mesmo, como pessoa e como profissional, quanto mais bem resolvidas forem suas relações e interações, mais ferramentas terá o professor para dar suporte ao real aprendizado, que sustentará percepções sobre o mundo e possibilidade futuras e presentes de ação nele.

Texto elaborado por Solan Ravi Costa Magalhães, aluno do curso de Formação em Psicologia Escolar EAD

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