Por que as vitórias são pouco faladas? Por que os sucessos não são verbalizados e, às vezes, nem conscientizados?
Ora, se o professor tem o poder de desfazer de um aluno, de reprová-lo mais por antipatia que por falta de conhecimentos, de desacreditá-lo, ele, por outro lado, é co-responsável pelas vitórias e sucessos dos escolares, pelas boas lembranças que ficam da vida escolar e por servir como modelo de ser humano que vale à pena ser seguido.
Talvez, devesse parar e analisar não só os problemas e suas causas, mas analisar os casos de sucessos e suas origens e, talvez, daí, conseguisse fazer o parâmetro oposto.
Não o que leva ao fracasso, não o que leva à frustração, mas sim, o que conduz ao sucesso, ou o que conduz à vitória.
O professor que consegue rever e criticar seu trabalho, tanto nos aspectos positivos, no que contribui para o desenvolvimento intelectual e emocional de seus alunos, sem menosprezar sua participação, quanto suas limitações pessoais e profissionais, com sinceridade, evitando projetá-las nas dificuldades externas (que de fato existem) e com isso eximir-se de qualquer responsabilidade num trabalho que poderia ter sido mais satisfatório e, a partir desta avaliação, manter e valorizar suas conquistas e superar-se em suas dificuldades, pode considerar-se agente de saúde mental, que nada mais é que um sinônimo de educador.

Texto extraído do livro “Professor e Psicologia Aplicada na Escola” de Vivien Rose Böck
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