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8 Dicas para Lidar com a Dependência Tecnológica das Crianças

por Vivien Rose Bock, psicóloga clínica e escolar, coordenadora do CAPE

Um dos assuntos mais comentados nas escolas e nas famílias hoje em dia, é sobre o uso e abuso da internet, dos games e das redes sociais.

A confusão e preocupação está instalada a medida que a geração de pais e professores não domina esta nova tecnologia tanto quanto a de seus filhos e todos estamos aprendendo a lidar também com suas consequências boas e com as prejudiciais.

Impedir o acesso a essas novas tecnologias é querer conter o rumo da história e deixar os filhos e alunos a margem de uma evolução de seu tempo e que abre para horizontes sem fim o conhecimento.

Mas é necessário conter o excesso de tempo de uso e filtrar os dispositivos que são acessados pelas crianças e jovens.

Neste sentido achamos pertinente compartilhar um artigo do jornal Zero Hora desta terça-feira que fornece dicas para pais e filhos (e porque não, aos professores também?) sobre a dependência tecnológica:

1 –  Tempo: independentemente do tipo de tela, fique atento ao tempo de exposição de seu filho.  — A TV abafa o pensamento consciente porque as imagens se sucedem muito rapidamente. Não dá para pensar em cada uma — diz Valdemar Setzer, do Departamento de Ciência da Computação da USP.

2 – Diretrizes: a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que crianças de até dois anos não tenham contato com os equipamentos. Para crianças entre dois e cinco anos, a recomendação é de uso máximo de uma hora diária e, para as maiores de seis, até duas horas. As diretrizes são semelhantes às da Associação Americana de Pediatria.

3 – Horário: mesmo dentro da cota, evite o contato pouco antes do sono ou durante as refeições. A tela dificulta que o cérebro receba estímulos sobre sabor, textura. — E a noção de saciedade fica prejudicada — diz Liubiana Araújo, da SBP.

4 – Tecnologia a seu favor: para ajudar no controle de tempo, já existem aplicativos que conectam o celular dos pais ao equipamento dos filhos e indicam o número de horas que estão conectados.

5 – Participação: nos momentos de acesso aos equipamentos, esteja junto — o tempo nas telas não precisa ser solitário. Jogar videogame com as crianças ou comentar os filmes amplia as interações, importantes para o desenvolvimento infantil.

6 – Dê o exemplo: pais hiperconectados têm mais dificuldade em propor aos filhos que eles fiquem sem as telas. Experimente se desligar do celular por algumas horas.

7 – Zonas livres: crie em casa áreas sem aparelhos – como o quarto das crianças ou a sala de jantar – e momentos de “detox”. Há famílias que já têm caixinhas, onde deixam os celulares quando chegam do trabalho ou da escola.

8 – Sinais de excesso: caso perceba um uso abusivo, procure ajuda psicológica. Falta de concentração, irritação e impaciência podem ser sinais de excesso. Ligado à USP, o site Dependência de Internet reúne mais informações e dicas sobre vício tecnológico.

Fonte: Jornal Zero Hora – 08.10.2018

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