top of page
Foto do escritorCape Psicologia

Qual o melhor brinquedo para uma criança?

Dia 12 de Outubro é Dia da Criança e as crianças esperam receber presentes, principalmente brinquedos. Entretanto, muitas pessoas ficam em dúvida: um brinquedo caro, com vários recursos sofisticados, que se movimenta e emites sons, seria um bom presente para uma criança?

O brinquedo para ter a função psicológica de ser uma ponte entre o mundo interno da criança e o meio externo deve ser significado por esta criança. Deve ser caracterizado por ela.

Assim, independente das características do brinquedo em si, seja ele sofisticado, computadorizado ou que seja uma simples bola de meia, a criança deve dar significado pessoal a ela.

Por exemplo: lembro de uma menina de quatro anos de idade que recebeu vários presentes de Natal, entre eles um Papai Noel que cantava e dançava; um cachorrinho que andava, latia e levantava a perninha; e uma boneca simples. Passado o primeiro encantamento com os efeitos especiais dos brinquedos, no outro dia, a menina brincava de dar comidinha para os três da mesma forma, todos se transformaram em filhos.

A criança transforma o brinquedo ou qualquer outro objeto no que ela quiser que seja, ela cria seu mundo com seus significados.

Permitindo-se que a criança signifique ou desfrute do brinquedo como ela quiser, a sofisticação ou a simplicidade não interferem em sua criatividade, ao contrário, é a criatividade que vai interferir no brinquedo.

Para isso, quando muitos dizem que brinquedos simples são melhores para o desenvolvimento infantil, estão manifestando mais sua nostalgia de sua infância do que o entendimento que para a criança tanto faz. Ela poderá optar por um ou outro, conforme o significado que ela lhe criar.

Logicamente a criança também é influenciada pelos apelos da publicidade e se empolga com as ofertas que lhe são sugeridas, mas depois de ser aproveitada a novidade, o que vai contar na brincadeira do dia-a-dia é o que ela criar para este brinquedo.


Texto escrito por Vivien Böck – Psicóloga Clínica e Escolar, mestre em Psicologia Social e da Personalidade, Formação em Psicoterapia de Família e Casal, Professora na PUCRS, autora do livro “Professor e Psicologia Aplicada na Escola” e “Motivação para Aprender, Motivação para Ensinar”, coordenadora e professora do CAPE

21 visualizações0 comentário

Comments


bottom of page